📝 De cartas de vendas a prompts de IA: a história do copywriting
O copywriting, como conhecemos hoje, carrega em si mais de um século de evolução.
É fácil pensar, principalmente no Brasil, que escrever para vender é um fenômeno da era digital, mas a verdade é que essa arte antecede a internet, o marketing digital e até mesmo a televisão.
A trajetória do copywriting passa por cartas de vendas enviadas pelo correio, catálogos de produtos, campanhas icônicas da era Mad Men, o boom da internet, o surgimento dos infoprodutos e, agora, uma nova fase com a inteligência artificial.
Este artigo traz um panorama aprofundado da história do copywriting para quem quer entender de onde viemos antes de decidir para onde ir.
Capítulo 1: As Raízes do Copywriting (início dos 1900s)
O copywriting surgiu da necessidade de vender produtos por correspondência.
Empresas como Sears, Roebuck and Co. enviavam catálogos para casas americanas, com descrições detalhadas e persuasivas dos produtos.
Nessa época, o objetivo era simples: convencer um cliente a enviar um cheque pelo correio para receber o que estava vendo no papel.
Esse tipo de escrita precisava ser extremamente claro, descritivo e direto. Era o início da escrita comercial com intenção de conversão.
Não existia a palavra "copywriter" como profissão formal ainda, mas os primeiros profissionais da área já estavam moldando o que viria a ser uma das funções mais importantes do marketing moderno.
Capítulo 2: A Era de Ouro da Publicidade (1950s)
Com o crescimento da economia no pós-guerra, os Estados Unidos viveram o auge da publicidade tradicional.
Grandes agências surgiram em Nova York e deram origem ao estereótipo do publicitário criativo, que seria mais tarde imortalizado em séries como "Mad Men".
Aqui entra em cena o nome de David Ogilvy, considerado o "pai do copywriting moderno". Ogilvy acreditava em pesquisa, headlines fortes e argumentação clara.
Seu livro "Confessions of an Advertising Man" é leitura obrigatória até hoje. Outro nome marcante é Rosser Reeves, criador do conceito de "Unique Selling Proposition" (USP).
O foco da escrita passou a ser não apenas a descrição do produto, mas a promessa que o produto fazia.
Anúncios em jornais, revistas e comerciais de TV seguiam uma estrutura clara: chamar a atenção, destacar benefícios e encorajar a ação.
Era o AIDA em ação: Atenção, Interesse, Desejo, Ação.
Capítulo 3: O Copy Direto ao Ponto (1980s)
Com a popularização do direct mail, o copywriting ganhou nova cara.
A carta de vendas virou ferramenta-chave. Escrita longa, cheia de provas sociais, garantias e uma proposta irresistível no final.
Esse modelo foi usado por nomes como Gary Halbert e Dan Kennedy.
O copywriter era uma espécie de vendedor invisível: sua habilidade era conduzir o leitor por uma jornada emocional que terminava com uma decisão de compra.
O tom era direto, a promessa era forte e a narrativa, pessoal.
Um exemplo clássico:
"Eles riram quando eu sentei ao piano, mas quando comecei a tocar...".
Essa headline é um marco. Usa narrativa, curiosidade e quebra de expectativa, tudo em uma linha.
Já foi replicada e refeita um zilhão de vezes.
Capítulo 4: A Chegada da Internet e o Copy Digital (2000s)
A internet transformou tudo. De repente, escrever para vender passou a acontecer em sites, landing pages, e-mails, pop-ups. As cartas de vendas foram transportadas para o digital.
O "Ctrl+C + Ctrl+V" da estrutura de cartas virou a base de páginas de vendas.
Aqui surge o copy para infoprodutos. Cursos online, e-books, mentorias e programas de coaching explodiram com promessas de transformação pessoal e profissional.
O modelo de lançamento virou regra, puxado por Jeff Walker nos EUA e adaptado no Brasil por players como Erico Rocha.
A técnica de copywriting foi embalada em fórmulas: AIDA, PASTOR, 4Ps, e outras tantas siglas.
O copywriter agora era um profissional disputado, e o conhecimento virou produto em si.
Capítulo 5: A Era dos Funis e da Escala (2010s)
Com a sofisticação das ferramentas de marketing digital, o copywriting se expandiu para acompanhar a jornada do consumidor: desde o primeiro contato com um anúncio até o e-mail de boas-vindas, o script da VSL, o texto do checkout e a sequência de upsell.
Copywriters passaram a trabalhar em equipe com designers, gestores de tráfego e estrategistas.
Funil de vendas era o novo "ouro". O foco saiu da "copy de uma página" e virou "copy em toda a experiência".
Mas com a escala veio também a fadiga: textos muito parecidos, promessas exageradas, desconfiança do público.
O mercado sentiu os efeitos da "commoditização do copy".
Capítulo 6: Conteúdo, Branding e Experiência (2020s)
Com a bolha dos lançamentos e a crise de credibilidade no digital, o copywriting começa a se reinventar.
Surge o copy integrado à marca, ao conteúdo e à experiência do cliente.
Mais do que vender, agora é preciso engajar, educar, humanizar.
Copy não é só sobre ação imediata, mas sobre a construção de relação.
Estratégias de copy em comunidades, canais de WhatsApp, newsletters, YouTube e podcasts ganham espaço.
A presença de voz, personalidade e verdade se torna um diferencial.
O texto precisa parecer conversa, não texto de venda. O bom copywriter agora é um autor com escuta.
Capítulo 7: Copy + IA = e agora?
A inteligência artificial abriu um novo capítulo.
Ferramentas como ChatGPT, Jasper, Copy.ai e outras estão ajudando empreendedores e copywriters a gerar textos rápidos e eficientes.
Mas isso não significa o fim da profissão. Pelo contrário: quem sabe fazer boas perguntas, interpretar o contexto, editar com intenção e alinhar copy com marca continua indispensável.
O papel do copywriter passa a ser cada vez mais curatorial, criativo e estratégico. A IA pode gerar texto, mas não substitui visão de negócio, timing, escuta e afeto.
A história do copywriting é a história da comunicação com intenção.
De cartas de vendas a prompts de IA, essa habilidade segue essencial.
Quem domina copy não está apenas escrevendo para vender, mas criando pontes, gerando movimento, transformando contextos.
Não importa a era, a máquina ou a mídia: enquanto houver algo a ser comunicado, haverá espaço para o copywriting.
E talvez agora, mais do que nunca, a escrita com verdade seja o que nos diferencia no meio da multidão de gritos.
Num mundo com excesso de informação e onde a disputa por atenção é insana, quem sabe falar o certo na hora certa se destaca.
E é por isso que eu finalmente tirei do papel meu curso de copy.
Demorei, mas saiu.
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A gente se vê lá dentro.
Alinne de Sá.
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